A partir do próximo dia 8 de janeiro de 2025, a tarifa do metrô de Salvador sofrerá um reajuste, passando de R$ 4,90 para R$ 5,20. O aumento, anunciado pela concessionária CCR Metrô Bahia, gerou debates entre usuários e especialistas sobre o impacto no orçamento da população e a qualidade do serviço prestado.
Por que o aumento?
Segundo a CCR, o reajuste está previsto no contrato de concessão firmado com o Governo do Estado e é baseado em índices como o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) e outros fatores econômicos, como aumento nos custos operacionais e energéticos. Ainda de acordo com a concessionária, a nova tarifa é essencial para manter a manutenção e expansão do sistema metroviário.
Impacto no bolso do trabalhador
Para muitos usuários, o aumento significa um peso maior no orçamento. Um trabalhador que utiliza o metrô diariamente, ida e volta, gastará aproximadamente R$ 10,40 por dia ou cerca de R$ 228,80 por mês (considerando 22 dias úteis). Esse valor pode fazer diferença significativa em uma cidade onde grande parte da população vive com salários próximos ao mínimo.
E a qualidade do serviço?
Embora o metrô de Salvador seja considerado um dos mais modernos do país, com alto índice de pontualidade e conforto, muitos usuários questionam se os reajustes são proporcionais às melhorias oferecidas. Pontos frequentemente levantados incluem a superlotação em horários de pico e a necessidade de expansão para atender mais bairros.
Como economizar?
Para minimizar o impacto do aumento, algumas dicas podem ajudar:
- Cartão do Metrô: Usuários frequentes podem aproveitar descontos ao recarregar valores maiores no cartão pré-pago.
- Integração com ônibus: A tarifa integrada entre metrô e ônibus continua sendo uma opção econômica para quem precisa usar ambos os transportes.
- Planejamento de horários: Sempre que possível, evite os horários de pico para uma viagem mais confortável e eficiente.
Debate público
Organizações civis e representantes políticos já se manifestaram sobre o aumento, pedindo maior transparência nos cálculos e mais diálogo com a população. Alguns movimentos sociais também organizam manifestações para questionar o reajuste.
O aumento da tarifa do metrô reflete um desafio comum em sistemas de transporte público pelo Brasil: equilibrar custos operacionais e acessibilidade para a população. Cabe aos cidadãos, concessionárias e governos encontrar caminhos que priorizem a eficiência sem onerar ainda mais quem depende do transporte público.
