Subtítulo: População reage ao reajuste tarifário com manifestações em diversas regiões da cidade
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O recente aumento da tarifa de ônibus em Salvador tem sido motivo de indignação e manifestações populares. Anunciado pela Prefeitura no início da semana, o reajuste elevou o valor da passagem de R$ 4,90 para R$ 5,30, representando um acréscimo de aproximadamente 8%. A medida entrou em vigor nesta quarta-feira (3), gerando repercussões significativas entre os moradores da capital baiana.
Motivos do reajuste
Segundo a Prefeitura, o aumento foi justificado pela inflação acumulada no setor de transporte, alta nos custos de operação, como combustíveis, peças e manutenção, e pela necessidade de garantir o equilíbrio econômico-financeiro do sistema de transporte público. Representantes do sindicato das empresas de transporte destacaram que, sem o reajuste, haveria risco de interrupção nos serviços.
Impacto na população
Para os usuários, o novo valor pesa no orçamento, especialmente em um contexto econômico ainda marcado pela recuperação pós-pandemia. Trabalhadores, estudantes e aposentados, que dependem diariamente do transporte coletivo, foram os mais afetados. Muitos reclamam que o reajuste não é acompanhado por melhorias na qualidade do serviço, frequentemente criticado por atrasos, superlotação e frota insuficiente.
Reação popular
Desde o anúncio, protestos têm sido registrados em vários pontos da cidade. Na quinta-feira (4), manifestantes bloquearam vias importantes, como a Avenida Paralela e a região do Comércio, exigindo a revogação do aumento. Os atos foram organizados por coletivos estudantis, sindicatos e movimentos sociais, que acusam as autoridades de ignorar as demandas da população mais vulnerável.
Em frente à Prefeitura, na Praça Municipal, um grupo montou um ato simbólico, entregando “passagens fictícias” aos gestores, com mensagens como “Transporte público digno já!”.
O que dizem as autoridades
Em nota, a Secretaria de Mobilidade de Salvador (SEMOB) afirmou que entende a insatisfação dos usuários, mas reforçou a necessidade do reajuste para manter o funcionamento do sistema. Ainda segundo o órgão, estão previstas melhorias nos próximos meses, incluindo a renovação da frota e a implementação de tecnologias para monitoramento e eficiência dos itinerários.
Próximos passos
Os protestos devem continuar nos próximos dias, com novos atos já agendados por movimentos sociais. Enquanto isso, vereadores da oposição na Câmara Municipal prometem apresentar um projeto de lei que limite os reajustes tarifários sem consulta popular ou maior transparência.
Conclusão
O aumento da passagem de ônibus em Salvador reacendeu o debate sobre a acessibilidade e qualidade do transporte público na cidade. A questão levanta um dilema: como equilibrar a sustentabilidade financeira do sistema e, ao mesmo tempo, atender às necessidades da população que depende dele?